A presença feminina cresce em
vários segmentos da sociedade colocando as mulheres em evidência e no caso do
Novo Coronavírus, em maior exposição às suas consequências, sejam elas na
saúde, no emprego e renda ou nas questões emocionais.
Os impactos da pandemia nas
mulheres foram peculiares e não se trata aqui de defesa de gênero mas da
análise dos fatos como por exemplo a prevalência feminina em várias profissões
ou o período de gravidez na pandemia, conforme descritos a seguir:
Na prestação de serviços
Em atividades relativas a
cuidados como babás, cuidadoras de idosos e empregadas domésticas o impacto foi
imediato e duradouro pela perda de seus empregos, muito deles sem vínculo
empregatício colocando estas mulheres sem renda para sua suas subsistências e
de suas famílias. Grande parte delas é formada por chefes de família, sem
pensões alimentícias ou viúvas, o que agrava mais ainda o cenário. O isolamento
social determinou a imediata suspensão destes serviços seja pelo risco de
contaminação ou pela dificuldade dos patrões manterem seus proventos na
pandemia e com isto tiveram que dispensá-las. Destino similar tiveram as
camareiras de hotel pela interrupção da demanda do turismo, assim como as
profissionais da "beleza" como cabeleireiras, manicures, pedicures e
massoterapeutas, pelo natural desaparecimento da clientela reclusa e temerosa
por questões óbvias.
Já as profissionais do sexo,
também impactadas pelo mesmo motivo das demais profissionais, tiveram em muitos
casos, sua salvação parcial pela via digital atendendo virtualmente seus
clientes insaciáveis.
As profissionais de Saúde
Ao contrário das mulheres que perderam seus empregos, as
profissionais de saúde, como enfermeiras, auxiliares e técnicas de enfermagem,
psicólogas e fisioterapeutas atuando em hospitais, tiveram exposição permanente
e consistente e muitas pereceram dentre muitas que ficaram doentes.
Principalmente as profissionais de enfermagem femininas são prevalentes no
Brasil.
No convívio doméstico
No isolamento social as tarefas
com as crianças, sejam escolares ou as de entretenimento exigiram criatividade
e o tempo das mães e pais. Culturalmente no Brasil, mesmo em famílias onde os
pais dividem igualmente as tarefas com as mães, a prática regular é a maior
participação das mamães em relação aos papais na atenção às crianças. Assim a
sobrecarga fica com as mulheres.
Nos índices de violência
Mais tempo em convivência pode
resultar em maiores chances de desentendimentos pela alteração dos
comportamentos entre duas pessoas, em especial quando algum sentimento mais
íntimo está envolvido. Se já é um relacionamento limítrofe do ponto de vista do
entendimento mútuo a maior convivência pode romper algum equilíbrio ainda
existente e as desavenças ocupam seu espaço. Dependendo do controle emocional e
do nível social e moral os desentendimentos podem se tornar violentos e nestes
casos, estatisticamente falando, as mulheres tem o pior resultado, desde
agressões até a morte.
Mortes pela COVID 19
Com o maior número de grávidas
mortas pela COVID, o Brasil já tinha um número expressivo de mortes de mulheres
em gestação, principalmente nos últimos meses, afetadas por outras doenças como
diabetes, cardiovasculares e obesidade, nesta ordem e não exclusivamente pelo
vírus mas com maior facilidade de infecção. As mulheres que tiveram bebês
recentemente também oferecem números consistentes para a estatística da doença
e morte pelo novo coronavírus.
Resumindo...
As mulheres tiveram e ainda estão
tendo maiores impactos neste período de pandemia do novo coronavírus.
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comportamentos" à
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Livraria Martins Fontes.
Professor Lúcio Lage
Título: A vida após o novo coronavírus: novos comportamentos
Editora: Barra Livros – 135 páginas
Mini CV - Lúcio Lage Gonçalves
Engenheiro, pós-graduação em Administração Pública (EBAP/FGV), em Tecnologia Educacional (U.Católica de Petrópolis), em Gestão do Conhecimento e Inteligência Empresarial (PUC - Paraná) , Mestrado em Administração (UNIEURO), Doutorando em Saúde Mental (IPUB/UFRJ), linha de pesquisa Dependência Digital. Pesquisador do Laboratório Delete - Uso Consciente de Tecnologi@s (IPUB/UFRJ) . Professor de cursos de MBA de 2000 a 2010. Orientador acadêmico. Escritor dos livros "Gestão de Mudanças na teoria e na prática" (2014), "Mudanças Organizacionais no Brasil" (2015), "Dependência Digital" (2017) e "Convivendo bem com a Dependência Digital" (2018). Co-organizador e co-autor do livro “Novos Humanos 2030: Como será a humanidade em 2030 convivendo com as tecnologias digitais?”(2019). Mais recente lançamento: A vida após o novo coronavírus: Novos Comportamentos (30/junho/2020).
Contato: DMC21 COMUNICAÇÃO E MARKETING
(21) 32584917/ (21)981379583
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