Excesso de mensagens causa 'WhatsAppite', a tendinite do WhatsApp

Especialista explica que a febre da troca de mensagens por celular virou febre no mundo e está gerando doenças como tendinite


Se você usa o WhatsApp com frequência, cuidado: acaba surgir casos descritos somo  o  “WhatsAppite”, ou seja, uma tendinite causada pela utilização excessiva do aplicativo. É o que foi publicado em um estudo esta semana no jornal científico “The Lancet”. O problema foi diagnosticado em uma mulher que havia digitado mensagens no celular durante seis horas seguidas por dias consecutivos.

A paciente, uma médica de 34 anos e grávida de 27 semanas, apresentou dores nos dois pulsos e nos dedos polegares. Como não existia histórico de traumas nas mãos e atividades físicas intensas não tinham sido realizadas nos dias anteriores, concluiu-se que a tendinite surgiu depois que a mulher passou, respondendo a várias mensagens de Natal no WhatsApp. Na véspera, ela trabalhara como plantonista em uma emergência.

Para o ortopedista e traumatologista Marcelo Monteiro, do Instituto Nacional de Traumaortopedia e Ortopedia- RJ (INTO) é errado apontar só um culpado nesses casos, já que não é o WhatsApp, mas sim o conjunto da obra. “A tendinite ocorre pela sobrecarga dos tendões. Quem usa muito esse aplicativo, também costuma digitar e usar o telefone para outras funções por um tempo demasiado”, explica o especialista, que é também Membro da Sociedade Brasileira de Ortopedia e traumatologia.

Segundo Monteiro, tendinite é a inflamação na bainha (invólucro) dos tendões. “Esforços repetitivos e também a soma dos diferentes esforços feitos causam o problema e a única forma de prevenir a tendinite é não sobrecarregar os tendões. No caso do WhatsApp, evite usá-lo por muito tempo. Para quem precisa utilizar o aplicativo ou o computador no trabalho, a dica é fazer pausas a cada 30 ou 40 minutos para relaxar dedos e pulsos” aconselha o ortopedista, pós graduado em medicina do esporte.

Ainda de acordo com Marcelo Monteiro, outros estudos mostram que os adolescentes nos Estados Unidos vêm apresentando a doença por ficarem muito tempo digitando com os polegares e com os cotovelos flexionados e que esta síndrome já chegou ao Brasil.

 “As dores começam nos dedos e se espalham para as costas, pescoço e cotovelos. Há relatos de pessoas que precisaram fazer fisioterapia para poderem voltar com os movimentos normais” diz, lembrando que as mensagens, os SMS também fazem parte do quadro: “Nos Estados Unidos há competições entre jovens para saber quem digita mais rapidamente mensagens de texto em menos tempo. As premiações chegam a US$ 50 mil. É comum ver adolescentes norte-americanos que enviam mais de 20 mil mensagens de texto em um mês”, declara Monteiro.

No Brasil a situação começa a preocupar, principalmente entre os jovens, que chegam a ficar 14 horas por dia em frente ao celular digitando ou no computador. “Claro que daqui a algum tempo a conta chegará e estes jovens sofrerão de alguma doença, seja tendinite ou qualquer outra ortopédica” finaliza Marcelo Monteiro.




Serviço:

Dr. Marcelo Monteiro – Ortopedia e Medicina Esportiva

Endereços:

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